quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Do apiedar-se

Apiedei-me de vós quando pensastes que estaríeis mais seguros se vos cercásseis de confederados. Vosso pelotão foi preparado para guerrear contra qualquer um que se pusesse à frente. E para isso não poupastes ninguém. Mentiras foram implantadas, mentes foram convencidas. Transformastes o bem em mal e carreiras foram destruídas.

Se quisésseis que os antigos combatentes mudassem as estratégias aplicadas, simplesmente os teríeis orientado melhor. Mas vosso objetivo era outro. Ampliar vossa área de atuação e conquistar outros territórios foi vossa meta. Destes ordem e um rolo compressor passou por cima dos que foram indiferentes a vosso ineficaz comando. Para cada baixa, uma substituição a vosso bel-prazer.

Convocastes soldados que estivessem dispostos a acatar vosso controle e participar de cada batalha vossa. O tempo se passou e os novos combatentes não mostram a que vieram, tampouco tivestes competência para guiá-los pelo melhor caminho. O desinteresse pela vossa causa surpreendeu-vos, mas isso não é incomum. A vida costuma surpreender os distraídos.

A expressão de humanidade que há em vós se configura pela sucessão de estratégias equivocadas que criais. Em nada causais inveja aos que têm uma visão ampla e colocam em prática as táticas que o supremo comandante ensinou. Apiedo-me de vós, que fazeis questão de caminhar sem saber que caminhais em círculos. E a guerra continua...

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