quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O carnaval 2012 pode ser um carnaval!

Há EMISSORAS DE TV fortemente interessadas no sucesso do carnaval no Rio de Janeiro e na Bahia. A preocupação delas não tem relação apenas com os possíveis problemas que atrapalhariam a diversão do povo, mas, obviamente, com o medo de perda econômica.

Para isso, vale a divulgação de conversa telefônica que tenta mostrar os envolvidos como conspiradores contra a Pátria e não como profissionais que tentam mudar seu triste quadro por meio da reivindicação. Isso foi um proto cheio. Agora o bombeiro que já tirou tantas pessoas da água e do fogo está detido no presídio de segurança máxima Bangu I. E agora, quem vai tirá-lo desse buraco?

A ameaça de greve que envolve PM, Civil e Bombeiros pode fazer com que muita gente desista de vir ao Rio. Com isso, menos dinheiro circularia na cidade, menos produtos dos anunciantes seriam consumidos e as transmissões televisivas poderiam mostrar um carnaval pouco comportado, com possíveis tumultos em lugares de grande aglomeração, como a orla, as imediações do Sambódromo, a Presidente Vargas e a Rio Branco, por exemplo.

É claro que entre os grevistas há uma minoria que se excede (isso sim deve ser contido), mas só quem sofre na pele sabe as dificuldades que envolvem sua profissão. Além disso, se eles não lutarem por aquilo que consideram de direito, quem lutará? Quem não tem ligação com o problema?! Em geral somos otimistas e acreditamos que nunca precisaremos diretamente de um daqueles grevistas, então temos a ideia de que o grevista “não gosta de trabalhar ou quer fazer tumulto”. Mas a realidade é outra, nem sempre divulgada pela mídia que muitas vezes trabalha para atender aos interesses dos chefes legais desses grevistas...

Se além deles, todas as demais classes profissionais que se sentissem desprestigiadas pelos governos fossem às ruas, muito do que se vê seria mudado. Infelizmente, seja no carnaval ou em outra época, deve-se estabelecer uma data significativa, para que chame a atenção da opinião pública em favor da causa. A verdade é a seguinte: cada um sabe onde seu calo aperta!